quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Release Biografia

Formação - Bruno Kayapy (guitarra), Ynaiã Benthroldo (batera) e Ney Hugo (baixo).

Ano da formação - 2004

Homepage: www.myspace.com.br/macacobong/ www.fotolog.com/macacobong

Sobre a música - Baseado na desconstrução dos arranjos da música popular em seus formatos convencionais e aliada à linguagem das harmonias tradicionais da música brasileira com jazz/fusion/pop e etc, o Macaco Bong busca nunca concretizar rótulos relativos às variedades nas vertentes dos gêneros musicais em suas composições. Tudo isso aplicado tanto na estética quanto no conteúdo do rock’n’roll.

Principais Shows já realizados - Em 2006 - Grito Rock Cuiabá (MT), Festival Calango (MT), Goiânia Noise Festival (GO), MADA Festival (RN), Primeiro Campeonato Mineiro de Surf (MG), PMW Festival(TO), Festival Varadouro (AC), Festival Jambolada(MG), Festival Demosul (PR), Vaca Amarela Festival (GO), além de shows nas principais casas noturnas de SP: Outs Bar, Milo Garage, Satva Bar, Casa Belfiori, Funhouse, Studio SP e Oásis Bar.

Em 2007 - Grito Rock Cuiabá(MT), Rec Beat (PE), Festival Fora do Eixo (SP), Festival Calango(MT), Porão do Rock(DF), Se Rasgum(PA), Goiânia Noise(GO) e Goiaba Rock Festival (GO).

Em 2008 - Festival Humaitá Pra Peixe (RJ), Grito Rock SP, Virada Cultural Paulistana (Palco Abrafin), Festival Casarão (RO), Festival Eletrônika(MG), Festival Quebramar (AP), Brasil Central Music (GO), Fogo no Cerrrado (MS), Festival Dosol (RN), Festival Contato (SP), Festival Mundo (PB), El Mapa de Todos (DF). Participou também do projeto Cuyabá Sinfônica com a Orquestra Sinfônica do estado de Mato Grosso, realizou um show no Sesc SP Vila Mariana; Noites Demosul (PR), BNB Instrumental (CE) . Fez ainda uma tour pelo interior do estado de São Paulo, se apresentando em onze cidades. No final de 2008 fez dois shows realizados no Festival Pop Montreal, no Canadá.

Em 2009 - Já em janeiro de 2009, realizou uma mini tour em Rondônia, passando pelas cidades de Ji-Paraná e Porto Velho, se apresentou no Grito Rock Cuiabá, realizou shows em São Paulo, convidada pela banda instrumental Pata de Elefante no Rumos Convida, do Itaú Cultural. Realizou show no evento Móveis Convida, organizada pela banda candanga Móveis Coloniais de Acaju em Brasília e Goiânia, se apresentou na Virada Cultural no estado de São Paulo em três cidades: na capital (Palco Instrumental), Franca e Ribeirão Preto, a convite do governo do estado. Se apresentou também no Festival Tendencies(TO), Conexão Vivo(MG) e realizou seis shows em Buenos Aires (Arg) incluindo o Festival Ciudade Emergent, organizado pela prefeitura. Em Cuiabá, participou do lançamento do Projeto Música do Mato, que tem o intuito de difundir a música matogrossense em suas diferentes estéticas. Em julho, o Macaco se apresentou no Festival Escambo, em Sabará(MG), realizando também oficinas de sonorização, roadie, e de ações digitais colaborativas. Outra ação foi o debate e a apresentação realizados na quinta edição do Roraima Sesc Fest Rock, em Boa Vista(RR).

O Macaco Bong é integrante do Música do Mato, projeto de exportação da música matogrossense que tem como proposta mostrar a diversidade musical que existe dentro do estado de Mato Grosso. O grupo é formado também por Paulo Monarco, Linha Dura, e Rodrigo Farinha. Jazz, hip hop e a música negra em geral, rock instrumental, MPB, música eletrônica e cultura popular matogrossense. Com o grupo, o Macaco Bong realizou uma turnê passando por Inhumas(GO), Pirinópolis(GO), Uberlândia(MG), Fortaleza(CE, Feira da Música), Natal(RN), João Pessoa(PB), Recife(PE) e Vitória da Conquista(BA).

Críticas e prêmios

- Uma das bandas apontadas como uma das grandes promessas para 2007 pela Revista Bizz;

- Em 2008 o Macaco Bong foi apontado como aposta da Revista Bravo;

- Foi apontado pelo Myspace como uma das 10 bandas que "vão dar o que falar" em 2008;

- Concorreu ao Prêmio Hell City da Música Independente Matogrossense em nove categorias (2008), sendo vencedora em duas delas: guitarrista e baterista. Na edição 2009, foi vencedor do Prêmio de Banda do Ano.

- Em 2009, a primeira edição do ano da Rolling Stone brasileira selecionou o disco da banda como o melhor álbum do ano, à frente de artistas conhecidos como Ney Matogrosso, Lenine, Marcelo D2, Marcelo Camelo, entre outros. A música Amendoim também foi escolhida como a quinta melhor música do ano na mesma revista.

- O disco e o show da banda foram citados em dezenas de listas de melhores por todo o país;

- Isso além da aparição em outra coletânea de Senhor F, a “11 Temas”, conta com grupos do México, Portugal, Peru, Argentina, Brasil, Chile e Uruguai. Por conta de trabalhos assim, o Macaco Bong foi citado como “Revelação” na Rolling Stone Argentina, pelo show no El Mapa de Todos.

- A banda ainda concorreu em outras listas de melhores de veículos grandes, como MTV.

- A banda está concorrendo Video Music Brasil (MTV) 2009, na categoria instrumental.

O Disco - O álbum lançado em 2008 leva o título de “Artista Igual Pedreiro”, fazendo alusão à lógica que a banda segue de ter a música como mais um elemento do trabalho cotidiano, em detrimento da lógica do “artista iluminado” e superior aos demais seres humanos. O lançamento ocorreu no dia 8 de maio de 2008, em Goiânia(GO).

O álbum foi lançado também no formato virtual, através da parceria com a TramaVirtual. “Artista Igual Pedreiro” está inserido no projeto “Álbum Virtual”, a segunda etapa do Download Remunerado. Através desse trabalho, a TramaVirtual distribui música gratuitamente, porém remunerando o artista, se capitalizando através de parceria com a iniciativa privada. O primeiro lançamento foi o álbum Danç-êh-sá Ao Vivo, de Tom Zé, seguido por Artista Igual Pedreiro, do Macaco Bong, Donkey (Cansei de Ser Sexy) e Chapter 9 (Ed Motta). Em 2009, o disco foi lançado também na Argentina pelo selo Scatter Records.

Videoclipes - Recentemente o videoclipe da música Shift foi vencedor do Festival de Cinema de Alta Floresta(MT), na categoria videoclipe. O vídeo foi feito durante a segunda edição da Semana do Audiovisual, uma ação da Próxima Cena, frente gestora responsável pelo audiovisual na estrutura do Instituto Cultural Espaço Cubo. O clipe foi construído coletivamente com os alunos da oficina ministrada pelo vídeomaker Christian Caselli.

Outro videoclipe é Noise James, dirigido por Otávio Pacheco, e feito na técnica do stop motion, que consiste em unir fotografias seqüenciadas, formando imagens. O clipe mescla imagens da banda em ensaios e shows com imagens da paisagem urbana de São Paulo. O mesmo está na programação da MTV.

veja - http://www.youtube.com/watch?v=4XAgg7cvj6o

Espaço Cubo - Os Bongs fazem parte do Instituto Cultural Espaço Cubo, realizando trabalhos de produção musical, assessoria de comunicação e distribuição, além de co-realizarem eventos e festivais, como o Calango, Grito Rock, Semana da Música e Semana do Audiovisual, produções que impulsionam a cadeia produtiva, tanto local, quanto nacional dentro do Circuito Fora do Eixo.

VERBETE

Macaco Bong é um power trio de Cuiabá (MT), nascido em 2004. A banda é um dos programas do Instituto Cultural Espaço Cubo, e baseia-se na desconstrução dos arranjos da música popular em seus formatos convencionais e aliada à linguagem das harmonias tradicionais da música brasileira com jazz/fusion/pop e etc. Já circulou os principais festivais de música do Brasil (além de Argentina e Canadá), e teve seu cd Artista Igual Pedreiro eleito o melhor de 2008 pela revista Rolling Stone Brasil.

sábado, 28 de março de 2009

Dias Quentes em São Paulo - que garoa que nada...

(Texto lançado na Hell City, lista de discussão da cena cuiabana)

Essa foi uma das viagens mais produtivas do Macaco. A ida pra são Paulo (diga-se passagens) foi bancada pelo Rumos Convida, uma etapa do Rumos Música, projeto do Itaú Cultural. No Rumos convida, uma banda selecionada pelo programa faz o convite a outro artista de sua escolha para uma participação no show. No último domingo, dia 8 de março, a banda que se apresentou foi o Pata de Elefante, e convidou nós do Macaco Bong, para o que foi apelidado de Zoo Instrumental.

A ida a São Paulo foi aproveitada também para outros compromissos. Por exemplo, o show no Estúdio SP, uma das casas preferidas do público paulistano pela qualidade dos shows que rolam por lá.


TERÇA

Saímos de Cuiabá na terça, já no dia do show. Chegamos, deixamos as coisas todas na casa do Jair (lembra do Ludovic?) e fomos direto pra passagem de som.

(Holger na foto)


Após uma rápida passadinha pra arrumação na casa do Jair, voltamos ao Estúdio SP, agora já preenchido por parte do público que ainda chegaria no evento. Além de nós, se apresentaram também as bandas Holger e Garotas Suecas, ambas destaque da cena paulistana. O Holger, com seu Psycho Pop, é uma das bandas brasileiras que vão ao festival texano South By Southwest. O Garotas Suecas, que alcançou reconhecimento com indicação de clipe ao VMB melhorou tremendamente. Show de bandona, dessas que botam o público pra cima. Assistindo tudo no Estúdio SP, estava Kika, VJ da MTV, que elogia o espaço na Rolling Stone desse mês.


O show do Macaco também foi massa. Apesar de ter rolado um pouco tarde, com parte do público deixando o local, a vibe foi mantida para os (não poucos) que ficaram. Entre os quais, Lúcio Ribeiro, que no mesmo dia havia publicado no Poploaded a informação de que o MB teve sua ida vetada ao Festival South By Southwest porque o consulado americano não nos deu o visto pelo “Bong”, existente na banda. É bem verdade que o consulado americano negou sim o nosso visto. Agora, o motivo apresentado pelo Lúcio... tiração de onda das grande. http://colunistas.ig.com.br/lucioribeiro/2009/03/03/kids/


QUARTA

No dia seguinte, quarta, no início da tarde contatamos Pablo Miyazawa, editor da Rolling Stone Brasil para uma conversa. Como a agenda da RS permitia, fomos até o recinto e trocamos muito com o jornalista sobre o processo da cena independente brasileira e de como as coisas estão acontecendo em Cuiabá com a pró atividade das bandas e o funcionamento do Cubo Card. Puta papo!

No mesmo dia concedemos uma entrevista ao jornal Estadão, sobre bandas instrumentais que se apresentariam em São Paulo, o que incluía Macaco Bong, Pata de Elefante e o Gasolines. O link pra matéria está logo adiante

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20090306/not_imp334267,0.php

Após os compromissos jornalísticos, demos uma passada na residência / estúdio de Duda Machado, onde, no final de 2006 gravamos o EP Objeto Perdida. É bacana como Duda e Martin (e a Pitty, que apareceu nesse dia, que tinham ensaio) demonstram grande interesse pela movimentação independente. Perdi a conta de quantos “Du caralho, man!” ouvimos a cada relato de acontecimento no Circuito Fora do Eixo e em Hell City. Minutos antes de ir embora, a surpresa-mor: O Duda presenteou o Ynaiã com um prato Paste fudidaço. Saímos levitando. À noite, o Kayapy ainda se encontrou com a rapaziada do Nuda, que saiu do Grito Rock Cuiabá pra cumprir agenda em Sampa.


QUINTA

No dia seguinte, quinta, a parte da manhã foi aproveitada pra uma passagem pela internet, pra se atualizar, enviar algumas pautas pro Portal Fora do Eixo, etc. Foi quando vi um email urgente do Gustavo, batera do Pata de Elefante, falando que chegaria em São Paulo dentro de instantes, que havia conseguido um estúdio de ensaio próximo ao aeroporto e, claro, deveríamos estar lá.

Voltei pra casa do Jair com a boa nova e fomos logo tratando de localizar o Gabriel (guitarra / baixo) do Pata, que já estava em São Paulo. Pra baratear tudo, fomos andando até o AP que ele tava, pra só aí pegar o taxi pro aeroporto (detalhe que o taxista bateu o carro na rua do estúdio. Zica!)

O estúdio era longe mas compensava, por contar com dois amplis de guitarra, dois de baixo e duas baterias. Gabriel já havia dito que tocaríamos uma música do Pata de Elefante e mais 3 composições novas que havia feito especialmente pra ocasião: um surf, um funk e um samba. O primeiro ensaio foi ótimo para conhecimento mútuo e analisar como ficaria com os instrumentos dobrados. A batera foi resolvida facilmente, com a pressão proveniente das duas juntas. Para o baixo, deixamos o meu, 5 cordas e mais grave para condução das músicas, enquanto o do Pata (onde revezam Gabriel e Daniel) ficava com um timbre Fuzz, enriquecendo o som com detalhes. Saímos do ensaio muito empolgados.

Do estúdio, voltamos pra região da Augusta próximo à residência do Jair pra jantar e localizar a Fernanda Cardoso (Tramavirtual), que era nossa chance de carona para a festa de comemoração de um ano do Podcast Qualquer Coisa, apresentado por José Flávio Jr., Paulo Terron e Max de Castro (filho do Wilson Simonal). Marcamos com ela na porta do Estúdio SP e fomos ao Neu (lê-se Nói), onde ocorreu show do Nevilton, banda de alto nível, nova promessa indie e discotecagem. Fizemos aquele social e saímos antes do fim, afinal, curtição em balada não é muito a nossa vibe.


SEXTA

No dia seguinte, sexta, encaramos uma chuva na ida ao estúdio perto do aeroporto pro ensaio com o Pata. Atrasamos um pouco, mas foi tudo devidamente compensado por Dino, que além de nos buscar no metrô mais próximo ao estúdio, forneceu uma outra sala (também com equipamentos dobrados) pra que pudéssemos compensar o tempo perdido. Nesse segundo ensaio, acertamos os detalhes e deixamos quase tudo pronto para o show de domingo, contando com um tempo a mais de ensaio na passagem de som lá no dia D.


Sexta era também o dia do show no Inferno, bem esperado pelo público paulistano das duas bandas, com matéria no Estadão e tudo mais. Saímos do ensaio direto pra passagem de som por lá. Quem estava por lá já na passagem de som era parte da equipe do Move That Jukebox, um blog paulistano que retrata a cena indie mundial e vem ganhando destaque – foram procurados até pelo My Space para indicar uma banda em uma pesquisa. E veja você, indicaram o Pata de Elefante. Link: http://movethatjukebox.com/

A noite foi ótima, casa cheia até no talo, ótimos shows – proporcionados também pelo ótimo som disponibilizado no Inferno e pela mão de Alejandro, técnico de som da Pitty, que tocava no Detetives e se apresentou com a banda no Calango 2005. Foi foda!

Após uma passagem pelo Bahia (lanchonete / restaurante / boteco, dependendo do horário) pra um lanche rápido, vimos a luz do dia e voltamos pro hotel (O Jair precisou hospedar outro parceiro e saímos de lá) dormir as poucas horas que separavam aquela manhã do horário em que o motorista da van iria nos levar para outro hotel, o que foi reservado pelo Itaú Cultural.


SÁBADO

Chegando lá, o processo foi se articular com o pessoal de São Caetano, onde nos apresentaríamos em mais uma edição do Grito Rock. Depois da peleja, conseguimos pegar o endereço e tomamos um táxi.


Ao chegar lá nos deparamos com um novo Cidadão do Mundo (nome do coletivo e do espaço / casa de shows onde atuam). O local passou por uma reforma recente que incluiu detalhes estéticos e acústicos. Bacaníssimo!. Além disso, foi possível ver a continuidade do ABC do Som, projeto aprovado pelo Cidadão do Mundo frente à Petrobras, que incluiu um festival e a instalação do núcleo de rádio por lá. O Grito Rock São Caetano foi transmitido ao vivo em um canal do Estúdio Livre e também pelo Portal Fora do Eixo. A ocasião foi aproveitada também para estreitar laços com Jean Habib, gestor do projeto e um ótimo contato para o desenvolvimento da Rádio Fora do Eixo. O Estúdio Livre (canais ao vivo e disponibilização de áudio) é demais! Em breve deve aparecer mais detalhes sobre esse assunto lá no Portal Fora do Eixo – www.foradoeixo.org.br.

No Grito Rock São Caetano vimos pela primeira vez os shows do Lenzi Brothers(SC) e do La Carne (SP), duas bandas muito bacanas. O La Carne ainda tem um quê de lirismo em letras e em interpretação que é sinistro. Muito bom!

Após o show, voltamos pra são Paulo na mesma van com Thunderbird e os Devotos de Nossa Senhora Aparecida. Sim amiguinhos, o próprio, que se mostrou entusiasmadíssimo pra tocar em Cuiabá, “pô, ouço falar muito dos festivais. Como faz pra tocar la ein?”. Madrugadão, quase dia, destruídos, zuretas e cambaleando, subimos o elevador do hotel direto para as respectivas camas.


DOMINGO

No dia seguinte, domingo, já acordamos na vibe do show no Itaú Cultural. Após o reconhecimento do teatro, uma ida rápida ao shopping para compra de um novo jogo de cordas de contrabaixo (o sizão havia estourado no dia anterior), passamos o som sob o profissionalismo altamente competente do pessoal do Itaú Cultural, que inclusive carrega os instrumentos e afina, diferente do nosso costume, que é fazer isso por conta própria.

Às 20h teve início o show do Pata de Elefante. Entramos no meio do show e tocamos as 4 músicas ensaiadas. Foi muito bacana, a platéia bombada com o público das duas bandas foi à loucura e aplaudiu de pé. Com uma sobra no tempo, o Pata de Elefante ainda tocou mais três músicas, nos convidando para a última, completamente improvisada.

No final do show Alexandre Papel (baterista da Locomotores e do projeto solo de Gustavo Prego, baterista do Pata de Elefante) repetiu a mesma frase que havia dito dias antes, no show do Inferno: “Nada melhor que sair com a sensação de dever cumprido. Vocês devem estar sentindo isso agora”.

Após o show, tínhamos uma entrevista agendada com Humberto Finatti, para uma matéria que a Rolling Stone está fazendo sobre bandas instrumentais. Adiada, devido a um gravador esquecido. Fomos então fazer um lanche, a refeição do dia pra falar a verdade, com o pessoal que estava no show, envolvendo vários elementos do Fora do Eixo, como Sérgio Ugeda e Gabriela Munin, da Tronco Produções, os quatro Black Drawing Chalks (que embarcariam para shows em Toronto no dia seguinte), Aluizer Malab, produtor do Festival Eletrônika(MG), Fabrício Nobre (presidente da Abrafin) e Quinn Caruana (produtora dos simpósios do Festival Pop Montreal, CA) que está morando em São Paulo por uns meses.


SEGUNDA

No dia seguinte, antes de chegarmos em Cuiabá, passamos uma tarde super agradável no hall de espera do aeroporto de Congonhas, fechado por causa da chuva e problemas na torre de controle (Ah, novidade...). Chegamos em Cuiabá já de noite, prontos pra volta ao batente... mas só no dia seguinte, por favor...

Como colocado no início do texto, essa foi uma das viagens mais produtivas do Macaco, ficam os agradecimentos à galera do Pata de Elefante pelo convite e a todos os envolvidos, Espaço Cubo, Circuito Fora do Eixo, Monstro Discos, Holger, Garotas Suecas, Pablo Miyazawa, Alexandre Papel, Sérgio Ugeda e Gabriela Munin, Jair Neves, Fernanda Cardoso, José Flávio Jr, Duda, Martin e Pitty, Dino, Nevílton (ou Névilton), Move That Jukebox, Alejandro, Black Drawing Chalks, Cidadão do Mundo, Robson Timóteo, Marcelo Mendez, Jean Habib, Lenzi Brothers, La Carne, Thunderbird e os Devotos, Tomada, Edson Natale, e mais uma galera que não retorna à cabeça agora. O clássico “desculpa aí quem eu esqueci, sabe como é, é muita gente e às vezes não dá pra lembrar de todo mundo”.

Enfim, valeu!

Na estrada - Macaco Bong relata tour por Rondônia


Essa matéria foi publicada no Portal Fora do Eixo no dia 04/02/2009


texto: Ynaiã Benthroldo | Cubo Discos e Macaco Bong

Fotos: Ney Hugo | Cubo Comunicação e Macaco Bong

a estrada...

Esse final de semana nós da Macaco Bong fomos para Rondônia, pela 3º vez desde o nascimento da banda.Dessa vez fomos fazer uma pequena tour pelo estado, fazendo shows em 3 cidades que estão integradas ao Circuito Fora do Eixo – Vilhena, Ji-parana e Porto Velho, sendo um dos agentes investidores na criação da rota que passa por essas três cidades. Não foi possível a apresentação da banda em Vilhena por questões de viabilização do projeto. Com os preparativos para o Grito Rock local, algumas prioridades tiveram que ser tomadas, e nos compreendemos perfeitamente, pois também sabemos o que é produzir um festival. Fica para a Próxima. ;)

Então nossa 1ª parada foi em Porto Velho, saímos de Cuiabá as 19:30 de sexta feira e chegamos a PVH as 17:00h do sábado. Bruna Cruz, Paola Foroni e Diogo Quirino, do Coletivo Raio Q Uparta foram nos receber na rodoviária, bela recepção. De lá fomos para o Hotel Bahia, velho conhecido nosso de outras passagens pela cidade, até os balconistas já conheciam a gente. Só deixamos as coisas lá no hotel e fomos para a SEDE DO CASARÃO, local do show.


Casarão embaixo, Raio-Q-Uparta em cima

Chegando lá conhecemos o espaço do show; aconchegante, climatizado e com um palco, som e luz bem bacana, na medida para o tamanho do local. Show. Após o reconhecimento do campo para mais tarde, subimos um andar do sobrado e pronto, estávamos na Sede do Coletivo Raio Q UParta. Artista igual pedreiro – dizem eles, entendendo a lógica de construção de cena. Ainda falta arrumar bastante coisa – o isolamento do estúdio de ensaio, a recepção, computadores... mas com a vontade e empenho da gurizada, logo logo isso vai ser resolvido, e com certeza da próxima vez que uma banda de Cuiabá for para lá já poderá conhecer o Raio Q Uparta todo bonitinho.

Sede do Raio Q Uparta em organização



estúdio de ensaio



Voltamos para o Hotel, e encontramos com a galera do PVH CAOS – radio online www.portovelhocaos.com.br – e com a galera da Under Flow(AM) que estava hospedada lá também. Tomamos um banho, comemos e voltamos para a SEDE DO CASARÃO às 23:00hrs. Chegamos ao SC e já tinha uma galera. A primeira banda ainda não tinha subido ao palco; demos entrevistas para a PVH CAOS e para a AMAZON SAT, canal de tv aberto para os estados da Amazônia. Bem legal. Entregamos para eles também cds das bandas locais e vídeos para serem veiculados em suas respectivas programações.


Rádio Porto Velho Caos

Banquinha da discos montada com os cds à venda, balada rolando e eis que entra a primeira banda da noite. New change subiu as palcos com um repertorio misto de musica próprias e covers, mais covers que autoral. Estilo meio que Red Hot, como a maioria das músicas covers que eles apresentaram. Banda que se investir mais em musicas próprias futuramente terá um publico local bem forte e fará alguns shows pelo circuito.


New Change(RO)


Logo depois da apresentação da banda New Change sobe ao palco a Hey Hey Hey, que fez um show bem bacana. A mulekada ta tocando direto pós abertura da sede do casarão. Isso é muito bom para todas as bandas locais, poder tocar sempre e ter um espaço como esse para trazer bandas e trocar infos. Segundo o Marcos Felipe, guitarrista e vocalista da Hey hey hey, a banda já esta planejando alguns eventos e intercâmbios também. Estão se agilizando por lá.


Underflow(AM)


Em seguida foi a vez do Under Flow(AM) subir ao palco. Banda boa, boa mesmo. Um som meio Garage Indie, forte e pop ao mesmo tempo. E a gurizada tá no corre lá em Manaus. http://www.purevolume.com/underflowmanaus - confiram ai o som da galera.


foto: Marcos Felipe

Macaco Bong(MT)

Aí sobe a gente, o show foi legal. Tocamos o disco inteiro; suadouro e gostoso. O show com todas as musicas fica em 1H 20 min mais ou menos. Fizemos questão de tocar todas as músicas. Isso para nós e para o público é muito bom.

Depois, bem cansados, fomos para o Hotel dormir. Isso já era umas 04:30 – 05:00 da manhã. Nossa viagem continuava, e começava cedo. Às 09:00h um ônibus para Ji-Paraná estava saindo com ou sem a gente..rsrs. então...vamos para casa dormir gurizada!!

Tudo certo, saímos para Ji-Paraná às 09:00h. Chegamos na rodoviária depois de 6:00 horas de viagem, eu nem vi, como sempre dormi a viagem inteira. Fomos recebidos muito bem pelo produtor do evento, Raphael Amorim, que de la já nos levou para dar um rolê na city. Conhecemos alguns pontos turísticos e fomos ao local do evento. Um ginásio poli-esportivo que recebera um campeonato de Sk8, shows das bandas locais e nós. Muito bem estruturado o evento. Palco, som e luz de qualidade, bandas boas – me surpreendi, confesso. Esperava bandas ruins, som ruim.... mas sem preocupação, entendendo as dificuldades de se produzir eventos em todo o país, imaginei como seria no interior de Rondônia. Quebrei a cara, rs.


Neófytos(RO)


Fomos para o hotel, tomamos um banho, comemos, nos arrumamos e às 20:00h, horário marcado para o inicio dos shows estávamos lá. A 1ª banda mostrou o quanto o Metal é uma vertente forte do rock. Onde você chega, em qualquer cidade a galera da camiseta preta vai estar lá para prestigiar. A primeira banda Neófytos, ainda não tem material gravado mas esta nos corres para isso. Banda que tem um futuro promissor, tocando músicas próprias eles fizeram a galera bater cabeça mesmo. Nervoso.


Di Marco(RO)

Depois deles foi a vez da banda Di Marco, também de Ji-Paraná, e a galera pode esperar para sacar o som deles no Grito Rock Cuiabá, ou chegar na banca da Fora do Eixo Discos, que temos material deles aqui. A banda é muito legal, um indie rock bem bacana. Depois ainda rolou o reggae do Urbanóids e o nosso rock instrumental.


Urbanóids(RO)


Fiquei muito feliz de ser surpreendido nessa cidade. Ji-Paraná está de parabéns. Público massa, massa mesmo, todos querendo nos acessar, perguntando e sabendo das coisas. Pessoas novas, muito novas mesmo! Cidade que promete, promete mesmo. Bandas, invistam nessa rota, que vale muito a pena. A galera lá esta articulando uma rota muito foda no estado. Vale a pena as bandas investirem nessa circulação por lá. Rende, e rende mesmo!


foto: Raphael Amorin